A PEDRA-MÁRMORE ALENTEJANA
Para falarmos do mármore alentejano, temos de recuar a um oceano antigo que aqui existiu há mais de cinco centenas de milhões de anos e admitir que houve, neste local do território, mas a uma latitude mais baixa (como a dos actuais mares tropicais), um mar litoral propício à proliferação de organismos, bem diferentes dos actuais, mas todos eles construtores de esqueletos de natureza calcária.
Foi durante a formação da grande cadeia de montanhas (orogenia varisca ou hercínica, de há 380 a 280 milhões de anos) que, a par de xistos, grauvaques, quartzitos e granitos (que formam a ossatura da Península Ibérica), nasceu o mármore, por transformação do dito calcário.
O mármore apresenta nova textura cristalina relativamente ao calcário que lhe deu origem. Os respectivos grãos minerais são aproximadamente todos do mesmo tamanho (equidimensionais), entre grosseiros e muito finos, e sem orientação.
Neste último caso (o do grão mais fino) constitui um material susceptível de ser esculpido em estatuária da mais delicada.
Os mármores calcíticos de Vila Viçosa, Borba e Estremoz, os de Viana do Alentejo ou os de Trigaches resultaram deste tipo de metamorfismo e fazem parte do conjunto de rochas pregueadas e metamorfizadas durante a citada grande orogenia do final da era paleozóica.
Menos importantes do ponto de vista económico, citam-se, ainda, os mármores de Sousel, Elvas, Escoural, Alvito e Ficalho. Merece, ainda, referência o mármore branco de Vimioso (esgotado), em Santo Adrião, no Nordeste transmontano.
(Prof. António Galopim de Carvalho)
Neste último caso (o do grão mais fino) constitui um material susceptível de ser esculpido em estatuária da mais delicada.
Os mármores calcíticos de Vila Viçosa, Borba e Estremoz, os de Viana do Alentejo ou os de Trigaches resultaram deste tipo de metamorfismo e fazem parte do conjunto de rochas pregueadas e metamorfizadas durante a citada grande orogenia do final da era paleozóica.
Menos importantes do ponto de vista económico, citam-se, ainda, os mármores de Sousel, Elvas, Escoural, Alvito e Ficalho. Merece, ainda, referência o mármore branco de Vimioso (esgotado), em Santo Adrião, no Nordeste transmontano.
(Prof. António Galopim de Carvalho)
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