As duas torres sineiras, morada de ninhos de cegonha, e a fachada principal, com um pórtico de mármore de frontão curvo, dominam a paisagem da cidade quando vista do Sado. De fundação desconhecida, já existia no séc. XVII para responder aos fiéis, a ermida ganha a forma atual por ordem de D. João V, na qualidade de Grão-mestre da Ordem de Santiago, no século XVIII.
Torna-se sede de freguesia de Santiago em 1634, reinado de Filipe III de Portugal, após esta ter saído da Igreja de Nª Srª da Consolação.
A Igreja de Santiago ergue-se numa plataforma imponente com uma grande escadaria. O exterior, sóbrio, despojado e retilíneo, contrasta com a riqueza do interior, onde se destacam as pinturas, a talha e os painéis de azulejos. O templo, constituído por uma só nave de grandes proporções, tipicamente setecentista, é ladeado pelos arcos das capelas de inspiração maneirista e barroca.
Foto copiada do site da C. M. Alcácer do Sal |
Os azulejos, constituídos por duas faixas, foram atribuídos a Teotónio dos Santos, que aí trabalhou na segunda década do século XVIII. Na faixa interior, os painéis contam a vida do Apóstolo Tiago; na de cima, desenrolam-se as cenas da vida da Virgem. Os azulejos continuam nos lados da capela-mor, mostrando São Tiago a ser ordenado cavaleiro de Cristo e no altar-mor figuram também duas imagens do patrono desta igreja. O fundo do altar é todo ele ocupado pela pintura de São Tiago a cavalo, com os mouros vencidos a seus pés, atribuída a Pedro Alexandrino; à esquerda outro painel mostra São Tiago peregrino, caminhando com o bordão e segurando o livro sagrado.
Acesso:Rua Dr. Manuel Augusto de Matos, Travessa das Escadinhas de Santiago e Rua Doutor Nobre, em Alcácer do Sal.
Horário:
De terça a sábado, das 14h30 às 18h
Informação: C. M. Alcácer do Sal
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