O mel é um produto natural obtido a partir do néctar das flores e de excreções da abelha. Além de ser um ótimo adoçante natural, este alimento é cheio de benefícios porque conta com ação antimicrobiana, capaz de impedir o crescimento ou destruir micro-organismos e assim proteger contra doenças.
O alimento também conta com ação antioxidante e prebiótica, esta última modifica o balanço da microbiana intestinal, estimulando o crescimento e/ou atividade de micro-organismos benéficos. Por ser rico em carboidratos e açúcar, ele é ótima fonte de energia.
O alimento também conta com potássio, magnésio, sódio, cálcio, fósforo, ferro, manganês, cobalto, cobre e alguns outros minerais. Entre estes nutrientes, o potássio é o que está mais presente e é interessante para o equilíbrio da pressão arterial.
Benefícios do mel
Bom para dor de garganta: Sua avó estava certa! Como o mel possui ação antimicrobiana, capaz de impedir o crescimento ou destruir micro-organismos, ele é interessante para aliviar a dor de garganta momentaneamente. Mas é importante ressaltar que não há nenhum estudo científico comprovando que ele trate as causas desse sintoma, como uma faringite por exemplo, e nem a evolução da doença relacionada a uma dor de garganta.
As características deste adoçante natural que fazem com que ele tenha esta ação antibiótica são: o baixo ph, proporcionando um ambiente ácido que pode inibir o desenvolvimento de muitos micro-organismos, pouca quantidade de água, que não proporciona condições favoráveis para o crescimento das bactérias. Além disso, o mel possui o ácido glucônico que contribui para a formação do peróxido de hidrogênio, um poderoso antibactericida.
Bom para problemas respiratórios: Pesquisas mostraram que bactérias causadoras de algumas doenças são sensíveis a ação antibacteriana do mel. Entre esses micro-organismos estão a Haemophilus influenzae, responsável por infecções respiratória e sinusites, Mycobacterium tuberculosis, que leva a tuberculose, Klebsiella pneumoniae e Streptococcus pneumoniae, que causa a pneumonia. Nesse caso, vale a mesma ressalva em relação à dor de garganta. O mel pode ajudar aliviando os sintomas e o desconforto, mas não promove a cura da doença em si. O tratamento dessas doenças, portanto, deve ser indicado por um especialista.
Vale associar este alimento com o própolis, substância complexa coletada e transformada por abelhas e que possui flavonoides. Os flavonoides apresentam propriedades antibactericida, sendo também um coadjuvante no camba à doenças do trato respiratório.
Bom para o intestino: O mel pode ser um importante aliado na manutenção da microbiota intestinal (conhecida como flora intestinal), que são bactérias benéficas que carregamos ali. Contribuindo assim para um melhor trânsito intestinal, a consistência normal das fezes, prevenção de diarreia e constipação.
Com a microbiota boa, quando a pessoa consumir fibras as bactérias do bem transformam as fibras em ácidos graxos de cadeia curta, que impedem que os micro-organismos ruins do intestino invadam a corrente sanguínea e se espalhem pelo nosso corpo, criando uma defesa indireta.
Todos estes benefícios ocorrem porque ele possui carboidratos não digeríveis e oligossacarídeos que são prebióticos, ou seja, contribuem para a manutenção da microbiota intestinal. Além disso, pesquisas mostraram que bactérias causadoras de algumas doenças são sensíveis a ação antibacteriana do mel. Entre esses microrganismos estão: Escherichia coli, causadora de diarreia e infecções urinárias e Salmonella species, que pode levar a diarreia.
Bom para pele: O mel é rico em antioxidantes, como ácidos fenólicos, os flavonoides e os carotenoides. Por isso, o alimento contribui para a diminuição dos radicais livres e assim previne o envelhecimento precoce e contribui para a pele mais bonita e saudável. O produto pode ser ingerido ou utilizado em cosméticos como sabonetes e cremes.
Ao ser passado na pele algumas pesquisas, entre elas uma da Universidade de Ouagadougou de Burkina Faso, observaram que ele pode agir como cicatrizante de feridas e em casos de úlceras, queimaduras e abscessos na pele. Os micro-organismo staphylococcus aureus e salmonela typhimurium, ambos causadores de infecções em ferimentos, são sensíveis a ação antibacteriana do mel.
Ação antioxidante: Isto faz com que o mel ajude a diminuir os radicais livres e assim contribua para evitar o envelhecimento celular, proporcionando uma pele mais bonita e saudável e prevenindo doenças como o Alzheimer, cardiovasculares, entres outras.
As substâncias presentes no alimento que proporcionam este benefício são: ácido glucônico, os ácidos fenólicos, os flavonoides, certas enzimas, como a glicose oxidase, catalase e peroxidase, ácido ascórbico, hidroximetilfurfuraldeído e carotenoides.
Diminui os riscos de infecção urinária: Alguns estudos apontaram que bactérias causadoras de certas doenças são sensíveis a ação antibacteriana do mel. Entre esses microrganismos estão a streptococcus faecalis, proteus species e pseudomonas aeruginosa, todas elas podem causar a infecção urinária.
Melhora o sono e ajuda a relaxar: O mel estimula a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e bem-estar. O alimento é um carboidrato fonte de triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, que é o hormônio responsável por baixar os níveis de estresse do organismo, melhorando o bem-estar. Ele também tem uma função importante como regenerador da microbiota intestinal, quando combinado aos lactobacilos presentes no intestino. Sabe-se que mais de 90% da serotonina é produzida no intestino, portanto o alimento ajuda a manter a integridade intestinal colaborando com uma melhor regulação neuro-endócrina, com mais serotonina e mais disposição e sensação de prazer.
Quantidade recomendada de mel
O quanto consumir de mel por dia pode variar entre uma colher de chá, cerca de 10 gramas, a uma colher de sopa, aproximadamente 25 gramas. É importante ressaltar que este alimento deve ser inserido em uma dieta saudável.
Como consumir o mel
O mel pode ser utilizado como uma substituição saudável ao açúcar refinado na preparação de bolos, tortas, biscoitos, entre outros doces. Também é interessante consumi-lo com torradas, frutas, iogurtes, sucos e até mesmo na receita de carnes.
Evite o aquecimento em excesso do mel, pois isto pode reduzir a acidez e a umidade do alimento e causar a perda na atividade de algumas enzimas, fazendo com que o alimento deixe de ter parte de suas propriedades benéficas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) orienta aquecer o alimento até no máximo 70 graus Celsius.
Mel cristalizado: Por ser uma solução rica em açúcar, quando armazenado em temperaturas abaixo da média da colmeia, que é entre 34 e 35 graus, ele pode cristalizar. Dessa forma, deve ser mantido fora de refrigeração. Para que ele volte ao estado líquido sem perder as propriedades nutricionais, a orientação é colocar a quantidade a ser utilizada em um pote em banho-maria a 45 graus durante cinco minutos. Deixe a água esfriar com o pote dentro.
Fotos retiradas da Internet, autores desconhecidos
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