"É a primeira vez que falo neste projecto e não o poderia ter feito antes porque, em termos imobiliários, isso seria bastante imprudente para mim, devido à pressão que iria provocar no preço dos terrenos locais", comenta Roquette, adiantando que, mesmo assim, "o investimento total final vai ultrapassar os mil milhões de euros". Há ainda outra "nota" prévia que o empresário faz questão de esclarecer: o grupo de Belmiro de Azevedo não tem nenhuma ligação ao Parque Alqueva. "Não tenho quaisquer projectos em conjunto com o engenheiro Belmiro de Azevedo relacionados com o empreendimento do Parque Alqueva, nem há perspectivas de eu entrar no projecto que ele tem para Tróia. Tenho o melhor dos relacionamentos com ele, mas mantemos a nossa actividade separada", esclarece.
Mas, ainda há outra ordem de razões que separa os dois empresários na zona de Alqueva. José Roquette considera que uma das suas preocupações no Parque é de natureza ambiental, consagrando soluções de despoluição da água. Belmiro de Azevedo, por seu turno, tem-se interessado por projectos de cariz industrial para a zona, designadamente numa fábrica no Guadiana.
Uma das soluções do Parque Alqueva para salvaguardar zonas de água límpida depende do desenvolvimento de um plano de areias, "a transportar para zonas que possam fechar lagos, onde serão criadas praias artificiais com água em excelentes condições de utilização", refere.
De resto, adianta que os master-plans do Parque Alqueva são "do melhor que existe a nível mundial em termos de resorts de qualidade". Tal como os campos de golfe, este projectos são da autoria de equipas norte-americanas. O BPI lidera o consórcio bancário financiador.
Quanto ao cronograma do projecto, os seus licenciamentos deverão estar todos atribuídos até ao final de 2005, a construção da infra-estruturas de base poderá começar em 2006 – toda a electrificação, rede viária, águas e esgotos - e a comercialização deverá arrancar no final de 2007. Quanto aos transportes relevantes para o Parque Alqueva, Roquette tem fé em duas componentes: a abertura do aeroporto de Beja ao tráfego civil e a passagem do TGV por Évora".
(in "Diário do Alentejo", 2005)
O Parque Alqueva era mais um projecto de desenvolvimento para o Alentejo, que prometia ter tudo para dar certo, mas que acabou por ficar na gaveta, à espera do Aeroporto de Beja e do TGV... A má sina persegue esta região, invariavelmente...
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