Rita Valente nasceu em Vila Verde de Ficalho mas mudou-se para Alvito em 2012. Foi lá que escolheu viver, divulgar património, construir uma empresa, criar um filho.
É formada em património mas é na agricultura e no cultivo sustentável de plantas aromáticas que ocupa a maior parte do seu tempo profissional. Fundou o projecto Folhas - Culturas do Alentejo, de onde exporta ervas aromáticas e medicinais para vários países da Europa. Fá-lo em modo biológico - "porque temos de devolver à terra o tanto que elas nos dá" - sem nunca sacrificar o que, pessoalmente, lhe dá mais alegrias e satisfações: o tempo de qualidade que passa com o marido, filho e amigos.
Ouvir Rita Valente é ouvir um tratado de serenidade. E convicção.
"Eu gosto muito de ser do Alentejo, de estar no Alentejo, de estar aqui em Alvito. O melhor de viver por aqui é o dia que rende sempre muito mais do que em qualquer outro sítio. Parece que o tempo estica. E esta comunidade abraça quem vem de fora. Eu senti-me bem recebida.
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Eu procuro fazer muito trabalho com a comunidade, sobretudo com crianças e idosos. A primeira sensibilização que procuro fazer é para o que há aqui em Alvito, para valorizarem aquilo que é da terra. Gosto de sensibilizar as pessoas para as muitas coisas boas que temos no nosso território. Seja património, seja a natureza, seja os costumes, sejam as pessoas de cá. É preciso dar valor também às pessoas de cá, para combater aquela coisa de que o que está fora é que é bom".
Texto e fotos: Luísa Pinto, https://www.facebook.com/rostosdaaldeia
Bom trabalho.
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