Desde Novembro que as crianças andam inquietas com a proximidade do Natal.
Escrevem cartas e até mandam e-mails ao Pai Natal com os pedidos das prendas bem explicadas e muitas o que querem são aparelhos super modernos como os telemóveis, tablets, etc..
Os mais pequenos têm muitas outras coisas por onde escolher e é isso que fazem quando se vêm perante tanta coisa apelativa.
As grandes lojas da especialidade e os centros comerciais estão repletos de maravilhosos brinquedos e as crianças ficam boquiabertas com tanta cor, tanta luz…
Depois ficam maravilhados, de olhos muito abertos, gulosos, brilhando de alegria e admiração…
Árvores de Natal profusamente iluminadas, coloridas, grandiosas e núcleos de Presépios espalhados pelos corredores com figuras lindas, articuladas e que se movimentam chamando a atenção dos mais pequerruchos. Ficam ali parados, com os olhitos escancarados e fixados naquelas coisas tão lindas e com que gostariam de poder brincar.
Os adultos bem os chamam e os puxam mas a admiração é maior e “prendem-nos” aquelas coisas tão bonitas…
Um pouca mais adiante abrem os olhos de espanto ao verem montras todas iluminadas com bonecas e bonecos que mais parecem pequenos bebés vivos e que abrem e fecham os olhos e até falam…
- Eu quero ver aquele carro dos bombeiros!... teima algum.
- Olha que lindo aquele comboio a andar sempre à volta!...
Mas o momento mais esperado está para chegar não tarda: Oh!...Oh!...Oh!...e ali está um Pai Natal vestido de vermelho a rigor, com as barbas brancas sentado num cadeirão preparado para a foto da praxe ou para a “selfie” da ordem. Além do Pai Natal há um Presépio enorme onde brilham as figuras tradicionais: o Menino Jesus deitado na manjedoura, a Virgem Mãe, S. José e logo atrás a vaquinha e o burro que aquecem a gélida gruta onde nasceu Jesus.
Mas a viagem continua e as luzes de todas as cores, a iluminação feérica dos corredores e das montras são um encanto para aqueles olhos ávidos de coisas novas e ali quase à sua mão…
Às tantas é o regresso a casa e aquelas imagens de encantamento vão preencher o sono e os sonhos daquelas crianças.
Os pais aproveitam para fazer a “chantagem” habitual:
- Se te portares bem talvez o Pai Natal te satisfaça os teus pedidos…
Tomando muito a sério esta promessa as crianças respondem:
- Sim, eu vou portar-me muito bem!
A intenção é mesmo esta, só que as crianças depressa se esquecem destas coisas e logo que visitem outros centros comerciais ou lojas de brinquedos, os pedidos se renovam para outros brinquedos e a promessa volta de novo a surgir:
- Sim, eu vou portar-me muito bem…
E sonham e prometem, e voltam a sonhar e a prometer e começa um frenesi e um desejo de que o tempo passe depressa para que o Dia de Natal chegue logo.
Já poucas põem os sapatinhos nas chaminés e muitas recebem as prendas antes da noite de Natal. Não têm paciência para esperar…Ou então espreitam os embrulhos rasgando um buraquinho no papel que os envolve. Só esse papel é uma maravilha mas o que interessa é o que está lá dentro…
É um Natal completamente diferente daquele que se vivia quando eu era criança. O espírito provavelmente será o mesmo, creio eu, mas a capacidade financeira, as condições, o estilo de vida e a forma como o comércio aproveita a quadra natalícia é completamente diferente.
O comércio tradicional continua a tentar acompanhar mas as armas são muito desiguais e as suas dificuldades cada ano que passa são maiores…A verdadeira “guerra” comercial tudo vai devorando e do Natal como festa familiar e espiritual pouco vai restando.
São os sinais dos tempos…e em presença deles não nos resta outra solução razoável que não seja acompanhar e aos poucos ir absorvendo a modernidade, embora com algumas saudades dos outros nossos tempos.
A propósito, este ano vou pedir ao Menino Jesus um “tablet” que me permita “voar” no tempo e no espaço… Bom e Feliz Natal para todos!
Escrevem cartas e até mandam e-mails ao Pai Natal com os pedidos das prendas bem explicadas e muitas o que querem são aparelhos super modernos como os telemóveis, tablets, etc..
Os mais pequenos têm muitas outras coisas por onde escolher e é isso que fazem quando se vêm perante tanta coisa apelativa.
As grandes lojas da especialidade e os centros comerciais estão repletos de maravilhosos brinquedos e as crianças ficam boquiabertas com tanta cor, tanta luz…
Depois ficam maravilhados, de olhos muito abertos, gulosos, brilhando de alegria e admiração…
Árvores de Natal profusamente iluminadas, coloridas, grandiosas e núcleos de Presépios espalhados pelos corredores com figuras lindas, articuladas e que se movimentam chamando a atenção dos mais pequerruchos. Ficam ali parados, com os olhitos escancarados e fixados naquelas coisas tão lindas e com que gostariam de poder brincar.
Os adultos bem os chamam e os puxam mas a admiração é maior e “prendem-nos” aquelas coisas tão bonitas…
Um pouca mais adiante abrem os olhos de espanto ao verem montras todas iluminadas com bonecas e bonecos que mais parecem pequenos bebés vivos e que abrem e fecham os olhos e até falam…
- Eu quero ver aquele carro dos bombeiros!... teima algum.
- Olha que lindo aquele comboio a andar sempre à volta!...
Mas o momento mais esperado está para chegar não tarda: Oh!...Oh!...Oh!...e ali está um Pai Natal vestido de vermelho a rigor, com as barbas brancas sentado num cadeirão preparado para a foto da praxe ou para a “selfie” da ordem. Além do Pai Natal há um Presépio enorme onde brilham as figuras tradicionais: o Menino Jesus deitado na manjedoura, a Virgem Mãe, S. José e logo atrás a vaquinha e o burro que aquecem a gélida gruta onde nasceu Jesus.
Mas a viagem continua e as luzes de todas as cores, a iluminação feérica dos corredores e das montras são um encanto para aqueles olhos ávidos de coisas novas e ali quase à sua mão…
Às tantas é o regresso a casa e aquelas imagens de encantamento vão preencher o sono e os sonhos daquelas crianças.
Os pais aproveitam para fazer a “chantagem” habitual:
- Se te portares bem talvez o Pai Natal te satisfaça os teus pedidos…
Tomando muito a sério esta promessa as crianças respondem:
- Sim, eu vou portar-me muito bem!
A intenção é mesmo esta, só que as crianças depressa se esquecem destas coisas e logo que visitem outros centros comerciais ou lojas de brinquedos, os pedidos se renovam para outros brinquedos e a promessa volta de novo a surgir:
- Sim, eu vou portar-me muito bem…
E sonham e prometem, e voltam a sonhar e a prometer e começa um frenesi e um desejo de que o tempo passe depressa para que o Dia de Natal chegue logo.
Já poucas põem os sapatinhos nas chaminés e muitas recebem as prendas antes da noite de Natal. Não têm paciência para esperar…Ou então espreitam os embrulhos rasgando um buraquinho no papel que os envolve. Só esse papel é uma maravilha mas o que interessa é o que está lá dentro…
É um Natal completamente diferente daquele que se vivia quando eu era criança. O espírito provavelmente será o mesmo, creio eu, mas a capacidade financeira, as condições, o estilo de vida e a forma como o comércio aproveita a quadra natalícia é completamente diferente.
O comércio tradicional continua a tentar acompanhar mas as armas são muito desiguais e as suas dificuldades cada ano que passa são maiores…A verdadeira “guerra” comercial tudo vai devorando e do Natal como festa familiar e espiritual pouco vai restando.
São os sinais dos tempos…e em presença deles não nos resta outra solução razoável que não seja acompanhar e aos poucos ir absorvendo a modernidade, embora com algumas saudades dos outros nossos tempos.
A propósito, este ano vou pedir ao Menino Jesus um “tablet” que me permita “voar” no tempo e no espaço… Bom e Feliz Natal para todos!
João Mestre de Avis – DEZ 2017
Texto copiado do grupo do Facebook: Imagens do Alentejo.
https://www.facebook.com/groups/imagensdoalentejo/
Texto copiado do grupo do Facebook: Imagens do Alentejo.
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