A paisagem do Baixo Alentejo é um lugar de enorme diversidade biológica.
Os olivais tradicionais são uma componente importante desta paisagem, à semelhança do que se observa um pouco por toda a Bacia do Mediterrâneo.
Os olivais tradicionais mediterrânicos são um ecossistema muito rico em plantas silvestres, principalmente em plantas anuais - plantas de ciclo de vida curto, ajustado à forte sazonalidade das chuvas, e sincronizado com o ritmo que o clima e o Homem impõem à terra: chuva, seca e lavra.
Mas os tempos são outros, e a paisagem e as comunidades biológicas que a ocupam estão a sofrer, de novo, uma forte alteração, desta vez muito mais rápida, e que está a conduzir a alterações drásticas das condições ecológicas às quais as plantas e os animais se adaptaram ao longo de séculos.
A drástica alteração do uso da terra no Baixo Alentejo está a levar à perda de um habitat único, de comunidades de plantas únicas, e de uma paisagem rural única.
A maquinaria pesada, a engenharia da rega e os agro-químicos estão a destruir rapidamente um património ímpar moldado ao longo de milénios pela mão do Homem, pelo seu arado, pelo seu pequeno tractor.
A maquinaria pesada, a engenharia da rega e os agro-químicos estão a destruir rapidamente um património ímpar moldado ao longo de milénios pela mão do Homem, pelo seu arado, pelo seu pequeno tractor.
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