Alcáçovas é uma freguesia do concelho de Viana do Alentejo, tendo tido o estatuto de Vila e sede de concelho, entre 1258 e 1836, devido ao seu posicionamento estratégico no território português.
As origens da povoação são muito antigas e o seu nome deriva do árabe al-qaçabâ ("cidadela fortificada"). Foi residência de nobres famílias alentejanas e encontra-se ligada à História de Portugal por nela ter sido assinado, em 1479, o Tratado das Alcáçovas (também conhecido como Paz de Alcáçovas).
Este tratado, foi assinado pelos representantes dos Reis Católicos, Isabel de Castela e Fernando de Castela e Aragão, por um lado, e o rei Afonso V de Portugal e seu filho João pelo outro, colocando fim à Guerra de sucessão de Castela (1475-1479).
Este tratado, foi assinado pelos representantes dos Reis Católicos, Isabel de Castela e Fernando de Castela e Aragão, por um lado, e o rei Afonso V de Portugal e seu filho João pelo outro, colocando fim à Guerra de sucessão de Castela (1475-1479).
Da sua importância e passado histórico da Vila de Alcáçovas, relevam-se um vasto e rico património, com destaque para Igreja Matriz do Salvador de Alcáçovas, adro e cruzeiro, a Ermida de São Pedro ou Capela dos Sequeiras, a Fonte dos Escudeiros ou Fonte da Praça da República, o Paço dos Henriques ou Horto do Paço das Alcáçovas ou Paço Real da Vila e a Capela das conchas ou capela de Nossa Senhora da Conceição e jardim.
A vida económica dos habitantes desta povoação encontra-se muito ligada às atividades rurais nomeadamente a pastorícia, tendo perdido importância o núcleo de artesãos ligados a produção do Chocalho. Em homenagem a esse passado, o chocalho dispõe hoje de um espaço próprio para a sua mostra, o Museu do chocalho, que exibe uma coleção particular de mais de 3 000 peças, entre chocalhos e sinos.A par de tudo isto, o visitante pode ainda deliciar-se com a sua gastronomia e doçaria regionais, aspetos que não deverá descurar durante a sua visita.
Fotos e texto gentilmente cedidos pelo compadre Celestino Manuel.
Fundada em terrenos sobranceiros ao paço e adquiridos por contestação com a Câmara, pelo donatário D. Henrique Henriques, em 1622, está integrada nos velhos jardins da casa, constituindo no todo murado, um longo paralelogramo que delimita as ruas do Paço, na época chamada de D. Fernando e a dos Ciprestes. A capela, orientada para o lado do ocidente, tem uma discreta frontaria caiada de branco mas que denuncia ter sido decorada, totalmente, por elementos conchóides, calcários e de cerâmica como os subsistentes na empena triangular e no campanário, de nítida inspiração industânica.
O corpo interior compõe-se de nave com tecto cupular de linhas acentuadas, este centrado por opulento resplendor de raios abertos, de madre pérola e envolvidos de discos e outros atributos geometrizantes. A decoração comprova o sentido plástico das gerações seiscentistas, fortemente embebidas da tradição marítima dos povos peninsulares, e representa, pelo seu colorido e utilização de materiais, um dos mais curiosos e antigos conjuntos da arte híbrida, oriental-ocidental da região, que tanto foi cultivada nos jardins, cascatas, alegretes e fontes das casas nobres.
Inúmeras peças de cerâmica italiana, sobretudo pequenos covilhetes policrómicos com decoração zoo-antropomórfica, que mais parecem grutas marinhas do que um templo para meditação espiritual, na mais estranha variedade de búzios, conchas, seixos e pedrinhas marmóreas nas suas habituais cores.
O Jardim oferece, igualmente, grande interesse. Várias obras similares, da construção de D. João Henriques, adornam as paredes e nichos, pilares, alegretes tanque e varandins. O conjunto mais importante, é sem dúvida, o constituído junto ermida e da porta torreada, valorizado pelo grande painel com uma figura equestre do pai do fundador do parque, D. João Henriques, 5º Senhor de Alcáçovas, que morreu após a Batalha de Alcácer-Quibir, prisioneiro dos mouros, em 1582.
Fonte:
http://www.freguesiadealcacovas.pt/locais_interesse.htm
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