Um menir, assim amigos meus, constituído por um bloco de granito natural, com cerca de dois metros de altura, ou mais de dois metros de altura, que apresenta uma forma semelhante à de um cogumelo, ou de um útero, com gravuras megalíticas do tipo “covinhas”, e o “chapéu”, ele sempre coberto por pequenas pedras soltas.
Esta rocha, ela está associada a um secular rito pagão de fertilidade, que consiste, as meninas donzelas, elas em idade de contrair matrimónio, solteiras, vão a este rochedo consultar a rocha (como se de um oráculo se tratasse), para saberem quanto tempo ainda falta, quanto tempo ainda sobra, para seu doce casamento se consumar.
Vão a ele, Segunda-Feira de Páscoa, lançar uma pedra para cima do menir e consultá-lo, esperando boas-novas, se dirá, em matéria do seu casamento.
Cada lançamento falhado, amigos meus, a falta da pontaria, representa um ano de espera. E triste lá a sina, da menina, que o seu amado, o príncipe encantado, não se aproxima da menina.
Reza a lenda, assim se conta, a Rocha dos namorados era o ponto de encontro de dois jovens apaixonados, cujas famílias se odiavam. O pai da jovem já desconfiado da existência dessa relação seguiu-a e perguntou-lhe o que estava ali a fazer, muito atrapalhada, a jovem disse-lhe que estava a lançar pedras à Rocha para saber quantos anos ainda teria de esperar para se casar.
Convidou o seu pai a fazer o mesmo dado que este era viúvo. Para que o seu amado escapasse à ira do seu pai, a jovem disse-lhe que só daria resultado se ele se colocasse de costas para a Rocha e lançasse as pedras com a mão esquerda, logo a primeira pedra ficou no chapéu da Rocha.
Nesse mesmo ano o senhor casou com uma linda mulher, e a jovem continuou a namorar o jovem atrás da Rocha.
A Rocha foi então baptizada com dois nomes: Rocha dos namorados e Pedra do casar.
Manda a Tradição, que na Segunda-feira de Páscoa, dia em que a população sai para o campo comer o borrego, junto à Rocha dos namorados, as jovens solteiras, devem ir à Rocha e de costas, lançar 3 pedras com a mão esquerda.
Se cair no “chapéu” a 1ª pedra, é porque casa nesse ano.
Se cair a 2ª pedra, casa no ano seguinte.
Se cair a 3ª pedra casará dentro de 2 anos.
Se não cair nenhuma, terá de esperar, pela próxima Segunda-feira de Páscoa.
Retirado do blog: http://aletradeumalentejo.blogspot.pt/
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