ALMOFARIZ COM PILÃO – Utensílio em madeira (séc. XX) usado para esmagar, moer, e misturar substâncias. Altura 21,5 cm x Diâmetro 13,5 cm (Museu Nacional de Etnologia).
ASSOBIOS – Bonecos de Estremoz, do tipo brinquedo (assobio). Séc. XX. (Museu Nacional de Etnologia).
BADALO – Peça em madeira usada no interior dos chocalhos para obter som por percussão (Colecção particular).
BENTINHO – Peça de arte conventual em que o registo (estampa religiosa) protegido por um vidro ou mica, foi colado num cartão que é forrado com tecidos ricos e decorado com lantejoulas, vidrilhos ou papéis coloridos, entre outros materiais. Trabalho de Guilhermina Maldonado (Colecção particular).
BORSAL - Estojo em cortiça para protecção do machado corticeiro (Colecção particular).
CABRITA – Peça em madeira ou cana, utilizada pelos ceifeiros para pendurar a foice. Tem duas ranhuras em posições desencontradas: a de cima para enfiar o cinto, enquanto que na de baixo se metia a foice. [Desenho Etnográfico de Fernando Galhano (1904-1995)].
CÁGADO – Recipiente em cortiça, destinado a guardar o sal ou as azeitonas (Colecção particular).
CÁGUEDA - Fecho de coleira de gado com chocalhos suspensos, maioritariamente feito em madeira, embora também os haja de corno e de cortiça (Colecção particular).
CANDEIA – Utensílio em ferro, utilizado no século XX em iluminação com azeite. 21,5 cm de comprimento (Museu Nacional de Etnologia).
CASTANHOLAS – Instrumento musical de percussão, em madeira, que emite um som seco e oco e é utilizado no acompanhamento rítmico de danças folclóricas (Colecção particular).
CHAMARIZ PARA ATRAIR PERDIZES – Assobio em madeira, usado para atrair perdizes [Desenho Etnográfico de Fernando Galhano (1904-1995)].
CHAVÕES – Marcadores em madeira, usados para marcar o pão ou bolos (Museu Municipal de Estremoz).
COLHER COMUM – Em madeira, de pequenas dimensões: 15,8 cm. Transportada pelos ganhões na fita do chapéu (Museu Nacional de Etnologia).
COLHER DE PORQUEIRO – Em madeira, constituída por duas metades articuladas em torno de um eixo que é um simples prego, aparado. Numa das metades, a que incorpora a concha da colher, a mesma está ligada a uma haste que encaixa nas duas hastes da outra metade, que compreende a tampa da colher. Quando esta se encontra aberta, a tampa funciona como cabo. Porém, quando se fecha, passa a exercer a sua função. [5x3x13,5 cm (fechada) e 5x3x19,5 m aberta)]. Fechada, a colher era transportada no chapéu do utilizador, com a tampa encaixada entre a fita e o chapéu. (Colecção particular).
COLHER PARA PROVA DE COMIDA – Em madeira. Constituída por duas conchas ligadas através duma haste com um rego longitudinal e com um cabo perpendicular à haste, por onde era pegada por quem a utilizava. A concepção e utilização de uma colher com esta tipologia, remonta à época em que havia o receio de contágio por tuberculose. Deste modo, quem cozinhava a comida dos ganhões, recolhia a comida a provar com uma das conchas e inclinando a colher, fazia-a escorrer através do rego para a outra concha, donde era levada à boca para provar. 19,5x1x8,5 cm. (Colecção particular).
COLHER PARA PROVA DE VINHOS – Colher com a função que o seu nome indica. Em madeira, finamente bordada na zona em que pode ser segura, opondo o polegar ao indicador e ao médio. Perfeita forma de coração. Pelas suas dimensões (5x0,9x6,8 cm) podia ser transportada sem incómodo algum, no bolso do relógio, quer do colete, quer das calças. (Colecção particular).
COLHER-GARFO – Utensílio em madeira, articulado, que desempenhava a dupla função de colher e garfo.35 cm de comprimento (Museu Nacional de Etnologia).
CORNA AZEITEIRA - Recipiente em corno, destinado ao transporte do azeite ou do vinagre que fazia parte dos avios dos pastores e dos ganhões e era confeccionada a partir dos chifres dos bois de trabalho, que apresentavam hastes de maiores dimensões. Trabalho de Joaquim Carriço Rolo (Colecção particular).
CORNA AZEITONEIRA – Recipiente em corno, destinado a transportar azeitonas ou outro conduto, manufacturado a partir da parte central do chifre, por ser a mais larga. O fundo era de cortiça aplicada sob pressão ou de madeira fixada por preguetas de latão. A tampa também podia ser de cortiça ou de madeira, por vezes decorada. Trabalho de Joaquim Carriço Rolo (Colecção particular).
COCHO – Recipiente em cortiça usado para beber água (Colecção particular).
DANÇARINO - Brinquedo popular alentejano, englobado na categoria dos fantoches.Destinado a animar grupos de pessoas ao serão ou em festas.5,5 x 2 x 21 cm. Tronco de cortiça. Cabeça e membros articulados em madeira de oliveira, que é a que melhor som produz sobre a base que funciona como piso de dança (Colecção particular).
DEDEIRAS – Canudos feitos em cana, usados pelos ceifeiros para protecção dos dedos (Colecção particular).
FOICINHEIRA – O mesmo que cabrita.
FORCA PARA FAZER CORDÃO – Utensílio em madeira para fazer cordão a partir de algodão, lã ou linho (Colecção particular).
GAIOLA PARA GRILOS – Receptáculo destinado a aprisionar grilos. Confeccionado com os mais diferentes materiais, entre os quais cana e cortiça (Colecção particular).
GANCHO DE MEIA – Utensílio em madeira ou barro, de forma, decoração e dimensões variáveis, através do qual passava o fio que era utilizado na confecção artesanal de meias (Museu Nacional de Etnologia).
GATO - Utensílio em ferro usado nas lareiras para suster os espetos de grelhados (Museu Nacional de Etnologia).
LÂMINA – Peça de arte conventual em que o registo (estampa religiosa) foi montado numa caixa pacientemente armada em vidro, de geometria variável, com as lâminas de vidro guarnecidas a papel, tecido, fitas de seda ou de algodão. Na decoração é por vezes utilizado canotilho de ouro ou prata e bordados a fio de ouro e prata. Trabalho de Guilhermina Maldonado (Colecção particular).
MAQUINETA – peça de arte conventual, constituída por uma caixa envidraçada onde se expõem imagens devotas como o Menino Jesus ou cenas do Presépio. Os materiais e as técnicas são semelhantes aos das lâminas, só que as caixas agora têm maior volume. Trabalho de Guilhermina Maldonado (Colecção particular).
MOLDURA – Objecto em cortiça, destinado a expor fotografias (Museu Municipal de Estremoz).
PAPEL RECORTADO – papel recortado à tesoura, com fins decorativos (Trabalho de Joana Simões – Estremoz (Colecção particular).
PINTADEIRAS – O mesmo que chavões (Museu Municipal de Estremoz).
POLVORINHO – Utensílio usado para guardar e transportar pólvora, bem como carregar pela boca, as armas de fogo. Em chifre, madeira e metal. Séc. XIX – XX. Comprimento: 28 cm (Museu Nacional de Arqueologia).
PRESÉPIO DE TRONO OU DE ALTAR – Presépio de Estremoz com figuras montadas em cantareira de barro, pintada à maneira tradicional das casas alentejanas. As figuras do presépio são em número de nove e encontram-se dispostas hierarquicamente em três degraus da cantareira, hierarquizadas de baixo para cima e da esquerda para a direita. Trabalho das Irmãs Flores (Colecção particular).
RONCA - Instrumento musical tradicional, rudimentar, pertencente à classe dos membranofones de fricção (Colecção particular).
SARILHO - Espécie de dobadoura em madeira em que se enrolam os fios das maçarocas para fazer meadas. Observe-se que previamente uma roca permitia transformar a lã, algodão ou linho, em fio que ao ser enrolado no fuso, dava origem às maçarocas. 60,5 cm de altura (Museu Nacional de Etnologia).
TALÊGO – Saco geralmente multicolor, de tamanho variável, confeccionado pelas mulheres com as sobras dos panos usados na confecção de saias, blusas e aventais ou mesmo de roupa velha que se tinha deixado de usar (Colecção particular).
TARRETA - Recipiente em cortiça, com tampa, destinado a transportar e conservar os alimentos.
TARRO – Recipiente em cortiça, com tampa, destinado a transportar e conservar os alimentos. Altura 11 x Diâmetro 24 cm (Museu Nacional de Etnologia).
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