Situada no cimo de uma enorme escarpa, a vila medieval de Marvão oferece a quem a visita uma paisagem deslumbrante e variada que se estende de Espanha à Serra da Estrela.
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A singularidade do sítio, desabrigado, ermo, sem terra para amanhar, explica que o seu povoamento fosse necessariamente forçado. A vila nasceu e cresceu à sombra do Castelo, começando por albergar os cavaleiros e seus servos, os soldados, os canteiros, os artífices e todos aqueles que voluntária ou involuntariamente, no decorrer dos tempos, ajudaram a defender ou procuraram abrigo dentro da cerca medieval.
O crescimento urbano acompanhou o crescimento demográfico que teve a sua expressão máxima no século XVI. A ocupação construída começou por envolver o arruamento principal à data, o qual unia, a meia encosta, de modo mais suave e curto, a distância entre a porta principal ( Portas da Vila) e o Castelo. É neste percurso que aparecem, simultaneamente, algumas das construções mais eruditas, mais arcaicas e de maior porte. Subindo a Rua das Potas da Vila, abre-se o Largo do Pelourinho, a enquadrar o edifício dos antigos Paços de Concelho (séc. XVI) - com a Cadeia no primeiro piso e o Tribunal nas traseiras - ladeado pela Torre do Relógio e por uma torrinha sineira adossada à fachada poente.
Fotos gentilmente cedidas pelo compadre José Manuel Costa.
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