quarta-feira, 25 de março de 2020

Horta do Vale Machoso ( Gavião )


Em prol das variedades regionais, guardiãs de tradição, sabores genuínos, biodiversidade e soberania alimentar.
Num mundo cada vez mais estandardizado e urbano, é necessário e essencial salvar o que ainda resta do nosso património hortícola, o qual foi desenvolvido e nos foi legado pelos nossos antepassados.












Carismáticos, sapientes e fraternos irmãos, cabe-me aqui hoje apresentar-vos o meu pequeno quintal, com as suas culturas de Outono / Inverno deste ano.
Aqui não existe qualquer mecanização, tudo resulta de trabalho 100 % manual aqui do hortelão Rui Delgado, com recurso à enxada, gadanho, ancinho, sachola e outras ferramentas similares ou análogas.
Tratam-se de culturas muito importantes e pelas mais diversas razões, pois produzem as cultivares anuais próprias desta época, como as favas, morangos, alhas e alhos. Antecipam a produção de outras que no Vale Machoso, muito mais atreito aos rigores do Inverno, seriam impossíveis de obter com esta antecipação, como as alfaces (de corte e desfolhar), alhos franceses, couve galega ou cebolas (de dias curtos). Sem esquecer algumas aromáticas sempre aqui à disposição, como a salsa, coentros, cidreira, hortelã, poejos ou o alecrim. Outras vantagens, prendem-se com o reduzido dispêndio de trabalho e tempo que é necessário dispor após a fase da plantação, uma vez que estamos perante culturas em regime de sequeiro e sem necessidade de utilização de fito-fármacos, pelo que para além de umas mondas, pouco ou nada mais será necessário fazer até à colheita dos produtos.
Simples, prático, vantajoso e biológico.


Texto e fotos da autoria do nosso compadre Rui Delgado.








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